As crianças surgem, porque em determinado momento todo o corpo conspirou uma perfeita união celular. Somos efectivamente o resultado de um “pequeno” milagre. Milagre esse, que segundo os cientistas se deve a um longo e delicado processo evolutivo.
O nascimento de um filho é uma experiência verdadeiramente única, a qual suscita nos pais uma constelação de sentimentos que vai desde a prévia curiosidade, ansiedade, até à alegria surreal no encontro com o novo ser.
Mas, se por um lado, eles estão preparados para lidar com um nascimento “perfeito”, certamente não estão quando surge alguma “imperfeição”.
Quando o filho esperado e desejado nasce com deficiência ou malformação, assiste-se a uma dura prova para os pais, bem como a uma ameaça às suas crenças e expectativas sobre o bebé que fantasiavam e idealizavam.
O que é necessário é centralizar mais a atenção nas capacidades da criança do que nas suas incapacidades.
Esta situação possibilitará que as famílias consigam encontrar estratégias de compreensão que permitam dar à criança uma maior autonomia e crença nas suas capacidades, derrubando assim, a barreira da valorização das suas limitações.
Uma criança com deficiência não se pode resumir a um “deficiente” como muitas vezes a nossa sociedade os resume.
É, sem dúvida, um ser único, tal como todas as outras crianças, mas que, por um tropeçar, genético, ou não, teve a infelicidade de nascer com algumas limitações.
É, sem dúvida, um ser único, tal como todas as outras crianças, mas que, por um tropeçar, genético, ou não, teve a infelicidade de nascer com algumas limitações.
Como qualquer outra criança, esta tem potencialidades e é nessas que os pais se deviam concentrar, promovendo-as.
Na maior parte das vezes, os pais, olhando para outras crianças, acabam por fazer uma equiparação com o seu filho. Dessa forma, acabam por nomear nessas crianças, uma série de realidades que a sua criança não tem.
Muitas vezes, aliás a maior parte das vezes, as crianças com deficiência proporcionam uma riqueza afectiva e relacional inimaginável.
As crianças acometidas por algum tipo de deficiência têm sido vistas ao longo dos tempos, através de lentes com diferentes graduações.
Existe uma concepção geral que sugere uma necessidade de instaurar a sociedade no sentido de torná-la mais sensível à inclusão das crianças e cidadão em geral, com deficiência.
Infelizmente, e muitas vezes, surgem verdadeiros obstáculos à sua inserção social, provocando de um modo particular, sofrimento nas pessoas acometidas com deficiência, bem como nas suas famílias, as quais vivenciam sentimentos de descriminação.
Infelizmente, e muitas vezes, surgem verdadeiros obstáculos à sua inserção social, provocando de um modo particular, sofrimento nas pessoas acometidas com deficiência, bem como nas suas famílias, as quais vivenciam sentimentos de descriminação.
De relembrar, que de acordo com o artigo primeiro da Declaração Universal dos Direitos do Homem, “ Todos os seres humanos são livres e iguais em dignidade e direitos”. Assim, todas as comunidades teriam por obrigação assegurar que as pessoas com deficiência possam desfrutar dos direitos humanos, sociais, económicos, civis, políticos, e culturais declarados nas várias convenções internacionais bem como nas constituições nacionais.
(http://www.unicef.pt/docs/pdf_publicacoes/convencao_direitos_crianca2004.pdf)
Deveria de haver um trabalho no sentido de integrar a criança com deficiência num contexto o mais normal possível, favorecendo aprendizagens e desenvolvimento das suas competências sociais, derrubando assim as barreiras do isolamento social.
Deveria de haver um trabalho no sentido de integrar a criança com deficiência num contexto o mais normal possível, favorecendo aprendizagens e desenvolvimento das suas competências sociais, derrubando assim as barreiras do isolamento social.
É fundamental mudar o enfoque da dificuldade da sociedade em lidar com a deficiência para a necessidade desta se adaptar e aceitar todas as pessoas à luz da sua singularidade.
Mais importante do que respeitar a diferença do outro, é respeitar a singularidade da existência desse outro.