segunda-feira, 30 de julho de 2012

Bagdad






Bagdad, 
Terra das Mil e Uma Noites, 
Das Mil e Uma Mortes, 
Dos Mil e Um Pesadelos, 
Das Mil e Uma Armas de Destruição Massiva, 
Das Mil e Uma Crianças Que Imploram 

Alimento, carinho, vida, 
Saúde, riso e esperança 
De mil e uma noites estreladas... 


É no regaço coberto pela burca 
Que se escondem os olhos de mágoa, 
Os rostos de dor, 

O sofrer no silêncio 
De quem perde os filhos 
Para uma eternidade sem preço... 

Sem luz, sem horizonte, 
Por entre escombros de sangue 
E de humilhação... 


Já vai longo o tempo em Bagdad, 


Dia a dia 
É sempre assim 
Dia a dia, 
Sempre e sempre, 
Dia a dia, Mãe a Mãe... 


Sem leite, sem carne, 
Sem trabalho, sem dinheiro 
E sem dignidade humana,,, 


Quando irão viver, 
Num mundo de esperança, 
As crianças tristes da Terra das Mil e Uma Noites? 
Quando será deles a era dos sorrisos? 


Ninguém escapa, 
Ninguém pode fugir...


Mas quantos ficarão nos escombros sombrios,
Nos destroços da guerra?

Quantas bombas? Quantos mártires?
Quanda intolerância!
Quanta ignorância, quanto fanatismo...
Até quando deixará a Terra 
Que as Mil e Uma Noites
Sejam pesadelos de mãe
Por entre burcas,
Em gritos aflitos que ecoa pelo universo...

Bagdad, terra queimada, alma perdida...



Bagdad,

Terra sem mãe!