Passou-se muito tempo desde a última vez que aqui estive.
Qual Paris qual quê alguns meses depois. Já tinha esquecido a sensação.
Já tinha esquecido o gosto e o paladar. O cheiro e a envolvência.
Já tinha esquecido o gosto e o paladar. O cheiro e a envolvência.
Sinto-me a andar de bicicleta anos depois, entre uma insegurança tremenda na queda, fruto das oscilações do piso e da minha falta de equilibro, e uma certeza absurda...
A de que não importa como eu acabe este "passeio-de-bicicleta", quer seja com uma aparatosa queda, ou com uma chegada de mestre, eu estarei uns metros mais à frente, mais perto do Céu e mais perto do Sol.
Tenho muitas dúvidas e incertezas.
Que eu quero que aniquilar uma por uma, utilizando as armas que possuo. Não quero recear o abstracto. Não quero fracassar até ver todo o véu de ignorância ser levantado.
Que eu quero que aniquilar uma por uma, utilizando as armas que possuo. Não quero recear o abstracto. Não quero fracassar até ver todo o véu de ignorância ser levantado.
Não quero deixar sentimentos menos nobres perfilarem o meu caminho.
O caminho no qual quero que a alegria esteja presente, caminho no qual todos seremos aquilo que quisermos ser...
E muitas vezes encontramos o caminho bloqueado, por insegurança e medo.
Como se nos encontrássemos no início de uma ponte, em sentidos opostos.
Todos nos recusamos, terminantemente, a atravessar até ao outro lado mas, tacitamente, concordamos ir até meio... O problema é: Quem de nós dá o primeiro passo?
Como se nos encontrássemos no início de uma ponte, em sentidos opostos.
Todos nos recusamos, terminantemente, a atravessar até ao outro lado mas, tacitamente, concordamos ir até meio... O problema é: Quem de nós dá o primeiro passo?
Que não se tema a primeira passada. Façamos delas uma passada larga e convicta.
Sem considerações nem filosofias.
Acreditada na força do movimento e na ausência de derrotismo.
Acreditada na força do movimento e na ausência de derrotismo.
Faz o mesmo.
E fá-lo comigo.
Vamos todos fazê-lo juntos.
Vamos todos fazê-lo juntos.
E, claro, para mim, para ti mas sobretudo para o Mundo!
Afinal, o limite é até ao limiar dos teus horizontes, por isso abre-os. Libertemos os pássaros das gaiolas.
Afinal, o limite é até ao limiar dos teus horizontes, por isso abre-os. Libertemos os pássaros das gaiolas.
É estranho encontrar-me neste meandro de sensações.
Querer ter o mundo na mão, enquanto agarro a vida num abraço.
E ter o mundo inteiro, realmente quando me permito flutuar.
Apenas porque o tenho nos meus olhos embuçados de sonhos.
Apenas porque o tenho nos meus olhos embuçados de sonhos.