sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Ultrapassar o Medo!

      
Existem muitos momentos em que sentimos medo na vida.
O medo é avassalador, mas ensina-nos que é possível chegar ao outro lado.

À coragem!

Além dos grandes momentos de medo da vida, existem outros momentos em que sacrificamos o nosso verdadeiro «eu» para aceitarmos uma situação, para sermos aprovadas ou para, pura e simplesmente, sermos «simpáticas».

Isto, porque apesar de todos os progressos conquistados, existe ainda uma enorme recompensa para as mulheres que se «acomodam», que «jogam em equipa» e que não «abanam o barco».

Se permitirmos, os pequenos e ávidos monstros do compromisso, irão devorar a nossa alma, para passarem, aos poucos, a dominar as nossas vidas. Alimentam o medo de sermos excluídas, o medo da impossibilidade de sobrevivermos fora da «tribo».

Não admira que o medo nos corra nas veias, dificultando mesmo a corrente sanguínea e tolhendo a nossa energia criativa e assim activamos o nosso modo de «sobrevivência».


Assim, por ironia do destino, as pessoas que parecem bem adaptadas podem ser aquelas que simplesmente se acomodaram à ideia de ser governadas pelos seus medos, enquanto aquelas pessoas designadas de «neuróticas», tipo eu, ainda estão determinadas a lutar por ganhar coragem, abanarem o barco, a sobreviverem fora da tribo.

A coragem não se trata de ter a ausência de medo. É, sim, o domínio do medo.
A coragem, como sustenta o grandioso Sócrates, “é o conhecimento daquilo que não deve ser temido”, por outras palavras: há coisas de que devemos ter medo. Afinal queremos sobreviver. Jamais iremos poder erradicar totalmente o medo das nossas vidas, mas podemos, com certeza, atingir um ponto em que os nossos medos não nos impeçam de nos atrevermos a conceber novos pensamentos, a experimentar novas coisas, a assumir risos, a falhar, a começar de novo e a sermos felizes, a coragem é nos levantarmos mais vezes do que aquelas que caímos, até porque quanto mais confortáveis nos sentirmos com a possibilidade de cairmos, menos preocupadas iremos ficar com aquilo que as pessoas irão pensar se ou quando cairmos, menos críticas de nós próprias faremos de cada vez que cometermos um erro, mais corajosas nos tornaremos e mais fácil será a nossa viagem.

Tenho o meu próprio segredo para superar o medo.

Procuro o meu porto seguro e no meu «eu» - aquele lugar que não é susceptível às constantes vicissitudes da vida, isto não quer dizer que não me descontrole, mas significa que posso regressar a esse porto, a essa estrutura segura de apoio interior, de modo a que todas as minhas sensações negativas, e sobretudo os meus medos, se transformem em oportunidades para me fortalecer.
Quando consigo encontrar tamanha liberdade e força, consigo evoluir de um estado de medo para um estado de liberdade, confiança e alegria absoluta.


Todos nós, temos tanto potencial e contudo impedimos o nosso "eu" de o colocar em prática.

Se todos se preparam para ocupar o seu devido lugar na sociedade, então que o façamos com coragem e confiança.